Tabela de Conteúdo
- 1 Introdução
- 2 Antes do ar-condicionado
- 3 Quem inventou o ar-condicionado?
- 4 1930 – Desaceleramento no comércio
- 5 1940 – Volta ao “boom”
- 6 1950 – Popularização nas residências
- 7 1960 – Mercado em expansão
- 8 1970 – Janela à vista
- 9 1980 – Carros climatizados
- 10 1990 – Consciência sustentável
- 11 Anos 2000 – Split ganha o mundo
- 12 Conclusão
Introdução
Navegar pela história do ar-condicionado é explorar uma jornada de inovação e adaptabilidade humana. Desde os tempos antigos, antes mesmo da existência desse aparelho moderno, até o seu surgimento revolucionário, cada decênio trouxe consigo marcos significativos.
Descubra quem foi o pioneiro por trás dessa invenção que mudou o comércio nos anos 1930, impulsionou um “boom” na década de 1940, e encontrou seu caminho para as residências de 1950.
Acompanhe a evolução até hoje: popularização das janelas nos anos 70, consciência sustentável nos anos 90 e adoção global dos sistemas split nos anos 2000.
Antes do ar-condicionado
Curioso notar como a humanidade sempre procurou maneiras de se refrescar em ambientes fechados.
Os antigos egípcios eram mestres nisso, implementando um método simples mas eficaz para diminuir a temperatura das suas residências: eles penduravam tapetes molhados em suas entradas.
A evaporação da água desses tapetes não só resfriava o ar bem como adicionava uma necessária umidade ao ambiente, um verdadeiro oásis no calor seco do deserto. Pouco tempo depois dessa inovação egípcia, os romanos adotaram e aprimoraram a técnica para suas próprias necessidades.
Eles criaram um sistema básico de ar-condicionado usando a engenharia dos aquedutos para circular água fresca por canos dentro das casas. Diminuindo significativamente o calor nos espaços internos.
Avançando na linha do tempo até o século XIX, Michel Faraday, um renomado físico e químico britânico. Também fez contribuições importantes para o desenvolvimento de tecnologias de refrigeração.
Ele começou a usar amônia como refrigerante, introduzindo gases considerados perigosos, como amônia, clorometano e propano, em sistemas de refrigeração.
Quem inventou o ar-condicionado?
Willis Carrier, aos 25 anos e já um engenheiro elétrico focado em sistemas de aquecimento nos Estados Unidos.
Revolucionou o conforto ambiental em 1902, criando o ar-condicionado enquanto trabalhava para a Buffalo Forge.
Nascido em 1876 na Nova Inglaterra e formado pela Universidade Cornell, Carrier desenhou o primeiro sistema de climatizador, para uma gráfica no Brooklyn durante seu tempo num departamento de engenharia experimental.
Após comprovar a eficácia de seu invento, Carrier, já sem emprego na Buffalo Forge.
Uniu forças com seis colegas para fundar a Carrier Engineering Corporation com um capital inicial de 32.600 dólares.
A inovação da empresa logo cruzou fronteiras, ganhando clientes de renome e popularizando-se especialmente através das salas de cinema.
Que se tornaram espaços ideais para promover o uso do climatizador, Stuart Cramer foi quem cunhou o termo “ar-condicionado” em 1906, ao buscar maneiras de adicionar umidade ao ar de sua fábrica têxtil.
Carrier adotou o termo, incorporando-o ao nome de sua companhia. O princípio de Carrier, que envolvia resfriar o ar para controlar temperatura e umidade. Marcou o início do uso mecânico contínuo do refrigerador, com a indústria têxtil sendo sua primeira grande cliente.
A aplicação residencial seguiu-se em 1914, numa mansão em Minneapolis, mas a popularização doméstica do produto demorou. Permanecendo como um luxo até bem depois dos anos 1930. Carrier também foi pioneiro ao instalar o primeiro sistema de ar-condicionado em um hospital em 1914.
Beneficiando berçários de bebês prematuros no Allegheny General Hospital, Pittsburgh, reduzindo significativamente a mortalidade infantil por desidratação. A década de 1920 viu o condiconador invadir locais públicos, mercados e especialmente cinemas, onde o aparelho teve um impacto notável. Locais emblemáticos, como o histórico cinema Riviera em Chicago e o icônico Grauman’s Metropolitan Theatre em Los Angeles.
Testemunharam um aumento significativo em suas frequências durante o verão, graças à introdução da inovadora tecnologia de ar-condicionado. A adaptação arquitetônica a essa revolução foi notavelmente marcante, com os edifícios na ensolarada Flórida sendo projetados de forma aprimorada.
Janelas menores e pé-direito mais baixo foram estrategicamente incorporados para otimizar a climatização e garantir o máximo bem-estar aos frequentadores, especialmente durante os longos dias de calor intenso. Essa evolução do ar-condicionado não somente representa um avanço tecnológico impressionante.
Bem como uma autêntica transformação no estilo de vida das pessoas que habitam ou visitam esses espaços. Desde as primeiras versões rudimentares até os sofisticados sistemas inteligentes de hoje, o aparelho tem desempenhado um papel significativo não apenas no refrigério térmico, como também na forma como concebemos nossos espaços e interagimos com o meio ambiente ao nosso redor.
Sua influência vai além das fronteiras da arquitetura e da indústria do entretenimento, alcançando a esfera da eficiência energética e da sustentabilidade ambiental, destacando como um simples invento pode ter um impacto positivo profundo em nossas rotinas diárias e no mundo que nos cerca.
Nesse cenário dinâmico em constante evolução, a busca contínua pelo aconchego térmico se mostra não apenas como uma necessidade imediata. Mas um elemento fundamental na estruturação e organização da sociedade contemporânea.
A interseção entre a comodidade térmica e as demandas sociais destaca a importância inerente desse equilíbrio para o bem-estar coletivo. A constante inovação no campo do ar-condicionado tem desempenhado um papel significativo nesse contexto, deixando uma marca indelével não só em nossas vidas diárias, como também nas transformações do ambiente que nos cerca.
As mudanças que antes poderiam parecer inatingíveis agora se revelam como aspectos essenciais para garantir a comodidade e a saúde de todos. Esse contexto destaca a crescente relevância da tecnologia e da sustentabilidade em nossa sociedade moderna.
Mostrando como esses elementos desempenham um papel primordial não só em nosso dia a dia, assim como na preservação do meio ambiente que nos cerca.
1930 – Desaceleramento no comércio
Em 1930, os escritórios da Casa Branca deram um grande upgrade no conforto, instalando ar-condicionado para encarar o intenso calor de verão em Washington.
Não era só lá que o ar fresco estava fazendo história. Os trens da B&O também embarcaram nessa inovação.
Marcando o começo do uso de ar-condicionado nos transportes de passageiros, um avanço notável.
Por essa época, Willis Carrier estava mesmo revolucionando, criando sistemas de ar para grandes prédios.
Ele inventou uma forma de espalhar ar frio rapidamente pelos ambientes em 1939, graças ao seu sistema “Weathermaster”, que economizava um espaço valioso.
No mesmo ano, até os carros começaram a ter sistemas de climatização, mas eram grandes, caros e não tão eficientes como esperado.
Mesmo com esses avanços todos, a crise econômica seguida pela Segunda Guerra Mundial fez as vendas desses aparelhos despencarem drasticamente.
1940 – Volta ao “boom”
Após superar vários obstáculos, o uso do ar-condicionado em residências disparou. Locais como teatros e escritórios foram desenhados para serem espaços internos.
Na Flórida, EUA, construíram hotéis até com janelas menores e tetos mais baixos, todos equipados com ar-condicionado no máximo.
Mostrando como esses espaços se adaptaram à nova tecnologia de refrigeração.
1950 – Popularização nas residências
Em 1952, a Carrier lançou a primeira linha de produção em massa de ar-condicionado residencial, esgotando o estoque em duas semanas e popularizando seu uso nas casas.
Poucos anos depois, em 1957, eles inovaram ao introduzir o compressor rotativo, que diminuiu significativamente o tamanho, o peso e o ruído desses aparelhos.
Tornando-os ainda mais práticos e desejáveis para o uso doméstico, revolucionando assim a forma como as pessoas experienciam conforto em seus lares.
1960 – Mercado em expansão
Nos próximos dez anos, o ar-condicionado rapidamente deixou de ser uma novidade.
Esse fenômeno marcou o início de um vibrante mercado global em crescimento contínuo, repleto de oportunidades para inovações tecnológicas e lançamentos de produtos inéditos.
Que persistem até os dias atuais. Graças à expansão significativa vivida na década anterior, os preços desses equipamentos se tornaram mais acessíveis para um público mais amplo.
1970 – Janela à vista
Os primeiros modelos de ar-condicionado tipo janela, apresentando uma estrutura inicial simples mas eficaz.
Incluindo essenciais como condensador, bobinas e ventilador, marcaram sua presença no mercado.
Eles utilizavam o gás R-12, mais conhecido como Freon-12, para resfriar os ambientes. Com a evolução, a partir de 1977.
Surgiram as inovadoras bombas de calor capazes de operar eficientemente mesmo sob temperaturas externas mais baixas.
Possibilitando assim a climatização de espaços através do sistema reverso, oferecendo tanto aquecimento quanto resfriamento.
1980 – Carros climatizados
Agora, os grandes favorecidos são os veículos e, mais especificamente, quem os conduz e neles viaja.
Desde a década de 80, o ar condicionado nos carros passou a ser algo comum, deixando de ser visto como um luxo.
Ficou mais barato, compacto e fácil de instalar, tornando as viagens mais confortáveis para todos.
1990 – Consciência sustentável
O Protocolo de Montreal ¹, estabelecido em 1987, definiu diretrizes mais severas contra a liberação de gases que afetam negativamente a atmosfera.
Pesquisas apontaram que o Freon, amplamente utilizado anteriormente, contribui para a degradação da camada de ozônio, resultando em sua proibição em várias nações.
Durante os anos 90, houve um incremento na conscientização sobre práticas sustentáveis dentro do setor de climatização.
Dessa maneira, as empresas pioneiras como Honeywell e Carrier lideraram o desenvolvimento de refrigerantes ecologicamente corretos.
Para uso em sistemas de ar-condicionado, evidenciando um passo importante em favor da conservação ambiental.
Anos 2000 – Split ganha o mundo
A evolução tecnológica trouxe uma verdadeira revolução na climatização de ambientes, e hoje todos sabem o que e ar condicionado split com a criação dos aparelhos Split que dividem o ar-condicionado em componentes internos e externos.
Rapidamente ganhando popularidade em residências. De acordo com a Abrava, já em 2003, dos ar-condicionados instalados em lares brasileiros, 60% eram do tradicional modelo de janela.
Os restantes 40% pertenciam à categoria inovadora Split. Mais tarde, a tecnologia inverter ganhou destaque pela eficiência energética, conquistando os consumidores..
Essa característica torna o ar condicionado inteligente reduzindo oscilações de energia, gerando economia nos gastos com eletricidade. Perfeito para quem quer conforto térmico eficiente e sustentável.
Conclusão
A invenção do ar-condicionado, atribuída a Willis Haviland Carrier em 1902, revolucionou o controle climático em ambientes internos, transformando não apenas a forma como vivemos, mas como trabalhamos.
Desde seu surgimento, o mercado de ar-condicionado passou por várias fases, desde um início lento até um retorno explosivo na década de 1940.
A popularização nas residências começou nos anos 1950, seguida por uma expansão contínua do mercado e inovações.
Incluindo modelos para janelas no período de 1970 e versões para carros em 1980. Os anos 1990 trouxeram consigo uma conscientização sobre a sustentabilidade.
Enquanto os anos 2000 viram o domínio global dos modelos split, destacando um percurso inovador na busca por conforto térmico com eficiência, popularizando o que é ar condicionado.
Atualmente, temos diversos modelos de ar-condicionado, recomendamos sempre você analisar qual o melhor ar-condicionado para sua situação.
¹ https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/emissoes-e-residuos/emissoes/protocolo-de-montreal